Título original: Ich seh, ich seh
Direção: Veronika Franz e Severin Fiala
Gênero: Suspense, Drama, Terror
Elenco: Lukas Schwarz, Elias Schwarz E Suzanne Wuest
Duração: 95 minutos
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos
Situação: em alguns cinemas – estreia dia 10 de março de 2016 no brasil
Avaliação: razoável
“Guten
Abend, gut’Nacht!
Mit
Rosen bedacht, mit Näglein
besteckt, schlupf unter
die Deck’!
Morgen
früh, wenn Gott will wirst du wieder gewckt ”
“Boa
noite, boa noite!
Coberto
com rosas, presas
com cravinhos, deslize
por baixo da coberta!
Amanhã
de manhã, se Deus quiser, você irá acordar novamente ”
Goodnight Mommy ou “Boa noite, Mamãe” é um filme independente que muito surpreendeu no ano de
2014 e foi até mesmo uns dos favoritos do cinema austríaco à possível indicação
na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro” no 88º Prêmio da Academia, o que
infelizmente não aconteceu. No entanto, a crítica, em geral, recepcionou o
filme de braços abertos, reconhecendo a originalidade da trama e toda a sua
simbologia, o que o tornou bem popular.
Posso adiantar que o filme não
se enquadra naquele esboço repetitivo de filmes de suspense e/ou terror e,
nesse sentido, pode até parecer uma batalha com a sua própria paciência ao
assisti-lo, já que a ambientação da trama toma espaço em mais da metade do
filme, se arrastando e prolongando um clima quase tranquilo (alguns
poderiam dizer tedioso) durante as brincadeiras dos gêmeos, intercalados pelas suas
tensas experiências com a mãe. Por outro lado, se você não é um fã de
insetos, além dos avisos existentes no trailer, aqui deixo o meu “boa sorte” a
todos vocês, para não se contorcerem de agonia em algumas cenas.
Mas então, qual é a temática
assustadora da vez? Bem, pense comigo...se a sua mãe aparecesse com o rosto
enfaixado – trocadilhos de múmia à parte; agindo de forma estranha e desconexa,
pra não dizer avulsa, você, no mínimo, sairia pra benzer a mulher com um
litro de água benta...
Pois é, a história se desenrola no
relacionamento entre os gêmeos Elias (Elias Schwarz) e Lukas (Lukas Schwarz) e
sua mãe (Susanne Wuest), depois que esta retorna à casa para se recuperar de
uma cirurgia plástica. Acontece que, a mãe se tornou irreconhecível pelos
filhos não apenas no sentido físico – o rosto quase completamente coberto por
bandagens; mas também por seus comportamentos distantes e até mesmo agressivos,
o completo oposto da sua antiga versão.
É assim que, durante a primeira
metade do filme, nos debruçamos sobre o mistério e nos angustiamos tanto quanto
os gêmeos ao tentar adivinhar o porquê da mudança extrema de personalidade da
mãe.
O roteiro se mostra bastante
sutil ao primeiro ver e o expectador é jogado em uma caçada aos mínimos detalhes,
dentre eles o tratamento da mãe com Lukas, dando a entender que a mãe está de
certa forma descontente com ele e por isso o ignora, focando suas punições em
Elias.
A partir de então, os gêmeos
passam a levantar a hipótese de que a mulher por debaixo das bandagens talvez não
seja a sua mãe, mas uma impostora. Neste momento, a trama se intensifica e as
reviravoltas acompanham uma nova faceta do filme, mais violenta e chocante. Só
posso dizer que você nunca mais verá uma tesoura da mesma forma.
O suspense psicológico mostra como o sentimento de perda pode
se manifestar de formas aterradoras, nos mergulhando em uma confusão de identidades
e na desproporcionalidade do próprio medo.
Afinal, até que ponto os gêmeos chegariam para descobrir a
verdade sobre a sua mãe?
Oi, Juliana!
ResponderExcluirSeu blog é encantador, amei passar por aqui e já estou seguindo.
Não conhecia esse filme, mas amo histórias assim, adorei a indicação e vou ver em breve!
Beijos!
Borboletas de Papel | Fanpage
Que crítica fantástica! Adoro esse tipo de filme e com essa receptividade mal posso esperar para assisti-lo <3 Bom trabalho.
ResponderExcluirVisite nosso blog de livros, filmes e séries: http://jubadaliteratura.blogspot.com.br/